sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Em um céu de diamantes

Ontem, fui assistir ao musical "Beatles em um céu de diamantes", no Teatro Clara Nunes no Shopping da Gávea. E meu deus, que espetáculo!
Os Beatles não são da minha época é verdade, mas, gosto demais, demais! E, apesar de nunca ter feito, amo teatro também. (Não fiz ainda por timidez - acreditem, sofro desse mal)  Essa junção, mais entrega dos atores e uma boa direção só poderia resultar no espetáculo lindo que é "Beatles num céu de diamantes"

Esta é a sexta temporada do espetáculo produzido pela Aventura Entretenimento e drigido pela dupla Charles Möeller e Claudio Botelho. Fez-se algo dificil: Algo original a partir de uma banda consagrada mundialmente que já teve suas músicas usadas de tantas e tantas formas diferentes.
Com poucos elementos cênicos - cadeiras, malas e guarda-chuvas - 10 atores-cantores,Alessandra Verney, Chris Penna, Fabrício Negri, Gottsha, Jules Vandystadt, Marya Bravo, Pedro Sol, Rodrigo Cirne e Tatih Köhler são acompanhados pelos músicos Delia Fisher (piano), Lui Coimbra (violoncelo) e Jonas Hammar (percussão) que também atua e canta no espetáculo, vão cantando e encenando as músicas que formam  diálogos e montam uma história.
É lindo e vale a pena, é pra viajar cantando junto!

A temporada começou em 14 de outubro e termina em 18 dezembro. No teatro Clara Nunes, Shopping da Gávea. Quintas e sextas as 21h, 30 reais a meia-entrada, sábado e domingo as 20h, 35 reais a meia.

EM TEMPO, meu povo, AINDA não aprendemos que NÃO podemos deixar o celular ligado no teatro? Enquanto os atores davam tudo de si no palco, um celular tocava, que falta de senso. A atriz ainda brincou no meio da música: "Telefone?" . Uma rodada de risos e aplausos, merecidos.
DESLIGUEM OS CELULARES NO TEATRO!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Tornando-se acessível - Um bom exemplo

Antes do post de hoje, um parêntese, como podem ver, foi frustrada a minha tentativa de cobertura dia-a-dia do Pan aqui. Entre provas,trabalhos e muita leitura acabei falando sobre isso nas redes sociais mesmo, que é mais rápido. Enfim, vamos em frente que isso já é coisa (muito) velha.

Quem me acompanha virtual e pessoalmente sabe que, nesse mundão sem porteira que é a internet, eu pouco falo da minha condição física. Mas recebi um e-mail com um link de matéria públicada pela Folha que dizia que Uberlândia (MG) é uma cidade mundialmente reconhecida como uma das mais acessíveis para deficientes. (Você pode ler um pouco dela aqui) É bom ver um bom exemplo nacional, já que somos acostumados a meter o pau nas nossas estruturas.

Mesmo pessoalmente, não grito minhas revoltas a torto e a direito, não nutro raivinha das pessoas "normais" simplesmente por não terem problema físico aparente. Sou criticada por não fazer parte de nenhuma organização que ajude/lute pelas pessoas com deficiência. Já me colocaram rótulo de passiva, conformada e distante.

Ok. Agora pare e leia. Eu não sou nada disso, acredite. Não significa que por eu não andar por aí com um megafone, ou me trancar no quarto até que "o mundo esteja preparado para mim" eu seja passiva. Se fosse eu não teria uma cadeira elétrica, uma não elétrica e muletas para me auxiliarem nos diferentes desafios que encontro e ainda moraria na casa dos meus pais,que fica a mais ou menoos 280 km de onde moro atualmente. É claro que eu me irrito, e, algumas vezes, quero até trocar de corpo. Mas isso passa, passa porque me recuso a deixar de viver, mesmo em condições adversas, não vou esperar que me "curem" ou que o mundo esteja perfeito. A vida é muito dura, mas eu sou forte.
 Não participo de nenhum projeto, porque se for pra me dedicar, eu vou me dedicar MESMO e por enquanto minha vida corrida não permitiu. (mas eu conheço alguns legais, quem quiser participar indico)

Ao invés de entrar em guerra, procuro entender que a acessibilidade e consciência humana não caem do céu, mas que devagar as coisas e pessoas mudam (ora, a lei existe a 10 anos, o que é um tempo pequeno, para mudanças tão estruturais). Enquanto isso, eu tento ter voz, deixar que os estereótipos caiam por terra, para quem convive comigo.
Não quero que ninguém saia daqui achando que eu sou uma espécie de super herói. Por favor, vamos achar um meio termo, tá? Eu tenho um monte de defeitos não físicos também. E, sem falsa modéstia, qualidades se fazem presentes. De perto, ninguém é normal, pode ser que ele tenha mal hálito, ela unha encravada e outro seja um super chato. Fazer o quê?

É como diz a música:
" Minha força não é bruta,
Não sou freira, nem sou puta"

domingo, 16 de outubro de 2011

Pan Americano 2011 - Guadalajara, México - Primeiro Dia

Volto para tirar a teia de aranha desse blog com um assunto que muito me interessa: Esporte- sempre pratiquei alguma coisa e o que enche realmente meus olhos é o hipismo- O primeiro dia de competição começou ontem, no sábado e eu infelizmente não posso estar lá pessoalmente, me faltou um paitrocínio R$. Por isso, fiquei acompanhando na TV e na internet e atualizando o meu facebook. Aqui, pretendo fazer um resumo do dia e dar as minhas impressões.


Sobre a cobertura: A Record não fez um bom trabalho, não transmitiu na TV provas em que brasileiros disputavam o ouro, a transmissão ao vivo pela internet não funcionou em nenhum momento e eu perdi muito do que queria ver. A cobertura "minuto a minuto" de atualizada só tinha o nome. Os comentaristas e alguns repórteres me pareceram confusos e meio despreparados. Me preocupa porque só eles vão transmitir Londres 2012 e Brasil 2016 e dessa forma prejudicarão o espetáculo. O Portal Terra me salvou, ótima cobertura, notícias, vídeos e fotos a todo momento

O Brasil nas provas: As primeiras competições não eram muito atrativas para mim, e acho que pro público brasileiro também não. No Badminton, espécie de tênis com peteca, as duplas brasileiras ficaram pelo caminho, mas individualmente os brasileiros se classificaram.

No Mountain Bike - esporte do meu pai, que morro de saudades - os brasileiros conseguem o quinto lugar, culpando a altitude,Guadalajara fica a 1.200 metros, e um pneu furado.

No Squash, aconteceu algo que pra mim era impensável em competições internacionais: brasileiros ganham de W.O porque seus adversários chilenos esqueceram os óculos de proteção obrigatórios. (COMO ASSIM CHILE? )

A primeira medalha brasileira foi de prata e veio com a Yane Marques no Pentatlo Moderno, nele o atleta deve realizar cinco provas diferentes: Esgrima,Hipismo, Natação, Tiro e Corrida. Yane chegou à ultima parte da prova liderando mais perdeu por pouco e falou mal da organização do evento (leia e veja)

No Taekwondo,  muita polêmica. Na semifinal entre Marcio Wenceslau e o atleta mexicano, houve muitas erros da arbitragem e o brasileiro foi prejudicado (leia e veja ), perdeu a luta, mas ficou com o bronze.

No Handball (ME RECUSO a escrever a forma abrasileirada) a seleção brasileira fez um " treino de luxo" vencendo os Estados Unidos por 50 a 10 e confirmando o favoritismo para o ouro.

A Natação sempre rende vitórias e dessa vez não foi diferente: Daynara de Paula ficou com a prata nos 100m Borboleta; Joana Maranhão fica com a prata nos 400m Medley e por pouco não vence a prova; a equipe feminina mandou bem e ficou com a prata no Revezamento 4x100m e Thiago Pereira conquista o primeiro ouro brasileiro nessa ediçao, nos 400m Medley.

A Ginástica Rítmica foi uma agradável surpresa hoje: além de ser um esporte muito bonito, a ginasta Angélica Kvieczynski (o sobrenome mais difícil até o momento) superou as expectativas e conseguiu um bronze.

O Tênis de Mesa, liderado por Hugo Hoyama, o brasileiro com maior número de medalhas de ouro em Jogos Pan Americanos, venceu e continua na disputa, no feminino inclusive.


Para fechar o dia de competição, a Seleção Feminina de Vôlei, faz sua estréia - em busca de apagar o fracasso no Pan-Americano do Rio de Janeiro, em 2007 - quando o time brasileiro, após estar em vantagem no placar, sucumbiu na decisão contra Cuba por 3 sets a 2, em pleno Maracãnazinho, com parciais de 25/27, 25/22, 20/25, 34/32 e 17/15 - na edição de 2011 vence por 3 sets a 1 mas sinceramente não convence, passando por maus momentos (a arbitragem também errou). Um susto muito grande: a líbero Fabi e a Jaqueline se chocaram, cabeça com cabeça durante a partida. Jaque saiu de maca da quadra e foi levada para o hospital  mais próximo para exames detalhados. A seleção continua na briga pela medalha.

Quadro de Medalhas: O Brasil está em segundo lugar, com uma medalha de ouro, quatro de prata e duas de bronze, perdendo apenas para (advinha quem) os Estados Unidos. Veja o quadro completo aqui


Por hoje é só, amanhã tem mais. Se esqueci algum esporte, podem reclamar nos comentários haha

domingo, 14 de agosto de 2011

Montanha - russa

Primeiramente, peço desculpas pela falta de atualização disso aqui, com justificativas: passei por um período de provas tenso no semestre passado, e depois nas minhas (merecidas) férias o blog acabou no recesso. Aulas já até recomeçaram. Mas eu ainda quero falar sobre a minha volta. A volta para a cidade que morei durante 10 anos, me sinto num meio termo entre passado e futuro. Porque eu mudei devagar, mas mudei e ainda vejo muito do que fui por aqui, sempre arriscado fazer isso e sempre instigante. Verdadeira montanha-russa. Fui obrigada a diminuir o ritmo. Afinal, estava de férias, mas isso nao significa que minha cabeça e meu coração tenham entendido o recado, como sempre, sou um turbilhão por dentro (ainda que, por fora, tudo esteja muito pacífico). Resultado = muitas madrugadas em claro (normal) muita risada, boas companhias. Mas a solidão e as lágrimas (assumo para toda a web) também vieram me visitar.

Visitas. As pessoas. Meu passado e o futuro que no segundo seguinte, entrou pro clube das antiguidades. Vi muita gente. Conheci gente. Desconheci gente. Houve quem me surpreendesse para o bem e para o mal. Aqueles de contato(quase) diário estavam ali, como se eu nuca tivesse ido embora. Quem eu não via e não fala a anos também apareceu e se tornaram agradáveis surpresas. Teve gente que eu vi e não queria ver, teve gente que eu vi e queria ver de novo. Teve gente que não quis me ver e foi-se embora e nem adianta perguntar por que, nao deu tempo, já foi.Esperei pelo dia seguinte que não veio. Briguei. e ri. e ri mais um pouquinho. e bebi mais um pouquinho ri e chorei de novo. Acho que um mês inteiro foi demais, os primeiros 15 dias, que era o plano inicial, talvez fossem suficientes. Mas foi bom. Mesmo.
Mas olhe para frente. Nao se martirize pelo que perdeu. Sorria, mesmo que as torres de dentro estejam caindo. Pé na estrada. Olhos brilhando, cicatrizes para me lembrar tudo que já passei e o quão longe posso ir. O meu baú, passado de um lado, esperança do outro. e que venha o futuro. Lembrar de respirar.
“Sem sentir, você calcula mal alguma coisa no passo e, em vez do voo, vem a queda.”
— (Caio Fernando Abreu)
(esse cara... vou te contar viu)

Entre o voo e a queda, eu vou seguindo.



Ps.: Esse post é uma confusão para você? Desculpe, é horrível fazer isso aqui de "meu querido diário", mas sabe como é né, escrita desprogramada.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Ofende mas não assassina o português!

 Primeiramente, gostaria de pedir desculpas pela falta de atualização injustificável desse blog. Mas não se preocupem, I'M BACK BABIES. Com um assunto que pra mim é bem polêmico: o livro acusado de aceitar erros de português, destinado aos cursos de jovens e adultos (supletivo). O livro aceita erros de concordância, como 'os livro' e outras ofensas a nossa língua. 
 Os que defendem reclamam da falta de contexto, - 'se você deixa fora de contexto realmente fica estranho, esquisito' disse Jorge Yunes, leia mais aqui -, ME DESCULPEM SENHORES,mas, para mim, independente do contexto, norma culta ou coloquial, isso é erro de português. 'A gente vamos', 'nós vai', falando com o presidente ou com o seu melhor amigo, continua sendo erro. Preconceito línguistico, a nova desculpa do governo para a péssima educação nas escolas brasileiras, principalmente as públicas.
 Quanto a mim, não, meu português não é perfeito ( tenho professores capazes de achar vários erros aqui. rs) não tenho pretensão de chegar à ABL e também não acho que a gente tenha que falar e escrever como parnasianos, longe disso. Mas, acho uma ofensa àqueles que se esforçam para, como eu,  aprender, melhorar e ensinar a nossa língua, que tudo isso seja aceito
 À mais ofendida de todas, a própria língua portuguesa, minhas sinceras desculpas, já que batemos constantemente em você. Em pensar que achei desnecessário o acordo ortográfico, - 2012 será realmente um ano cabalístico, as normas do acordo entram em vigor e muita gente, eu inclusive, ainda não aprendeu a usar todas elas -, mas perto disso, o acordo ortográfico foi apenas um tapinha de leve.
Para aguentar, só tomando muitos 'bons drink'

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Preço Justo

Havia preparado outro post pra ontem aqui, mas devido a provas e trabalhos não deu. E hoje resolvi mudar tudo, depois que vi esse video do Felipe Neto (que eu sigo sempre.) sobre o preço justo, e gostaria de divulgar a campanha.
Não há muito o que dizer, faço das palavras dele as minhas, participe você também:

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Jornalismo versus Sensacionalismo

Sobre os ultimos acontecimentos brasileiros, o assassinato de crianças em uma escola do Rio, eu estava hesitante de comentar por aqui. Afinal o assunto já foi comentado ad infinitum por blogs, televisão, jornais, revistas, todos os "ólogos de plantão" e por aí vai.
Por isso, ao invés de colocar tudo que eu acho sobre isso aqui, vou focar em outra parte da notícia.
O jornalismo que é feito a partir dessa notícia.
Até que ponto vai a notícia, onde e quando ela começa a ser apenas sensacionalista, preocupada em fazer barulho, vender mais e conseguir mais audiência?
Como estudante de comunicação isso me chama a atenção e ao entrar em uma discussão com um amigo sobre o assunto, concluí que, não é possível deixar de noticiá-la muito menos sem passar emoção alguma, já que é algo que choca toda a opinião pública e quebra qualquer plano moral.
No entanto, dias após a tragédia ainda temos matérias e mais matérias dispostas a distrinchar um comportamento, uma dor, pessoas sendo expostas, crianças, lágrimas. Missas e mais sofrimento.
Fica então, a pergunta, quando parar? Como não virar sensacionalista (e irritante)?
Aos nossos jornalistas/ repórteres: Bom senso.